sábado, 29 de maio de 2010

O Escritor Fantasma


'O Escritor Fantasma' de Roman Polanski, o consagrado diretor de filmes como 'O Pianista', 'Tess', 'Chinatown', 'Busca Frenética' e 'O Bebê de Rosemary', conta a história de um ghostwriter (Ewan McGregor) encarregado de escrever a biografia do ex-Primeiro-Ministro inglês Adam Lang (Pierce Brosnan) depois da misteriosa morte do escritor anterior; o novo escritor fantasma encontra dificuldade em realizar seu trabalho, ainda mais quando o político recebe acusações por crimes de guerra. O tom do filme oscila entre um suspense, provocado pela solitária casa com paredes de vidro e pelo próprio mistério que cerca a trama; e ao mesmo tempo, um tom melancólico, opressivo e triste provocado pela solidão em que se encontra o protagonista, em uma ilha cinzenta, deserta e nublada. Roman acertou em cheio ao cotar Ewan McGregor para o papel principal, o ator está em incrível perfomance e carrega o filme com bastante segurança. O público acaba vendo o filme pela perscpectiva do escritor, que inicialmente parece ter uma personalidade confortavelmente entorpecida, mas que ao longo do enredo, como nós, vai gradualmente se envolvendo com a história. Destaque para a boa atuação de Pierce Brosnan, e também para as (propositalmente frias) atuações de Olivia Williams e Kim Cattrall. Indico, sim, 'O Escritor Fantasma'; é um filme muito bom no qual os pequenos detalhes de Polanski fazem toda a diferença!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Recomendações: Steven Spielberg


Se Steven Spielberg pudesse ser resumido em uma só palavra, esta seria ‘sucesso’. O diretor possui em sua carreira uma infinidade de blockbusters; tanto como diretor, quanto como produtor. Definir um determinado estilo para Spielberg é praticamente impossível, tendo em vista que, como diretor, seus filmes variam entre: as ficções científicas, como ‘Contatos Imediatos de Terceiro Grau’ (1977), ‘ET – O Extraterrestre’ (1982), ‘Jurassic Park’ (1997), ‘A.I. – Inteligência Artificial’ (2001), ‘Minority Report’ (2002) e ‘Guerra dos Mundos’ (2005); os filmes de guerra ou históricos, como ‘Império do Sol’ (1987), o vencedor dos Oscars de Melhor Filme e Melhor Diretor ‘A Lista de Schindler’ (1993), ‘Amstad’ (1997), o vencedor do Oscar de Melhor Diretor ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Munique’ (2005); os dramas, como o belíssimo e engajado ‘A Cor Púrpura’ (1985) e o divertido ‘O Terminal’ (2004); o imperdível policial biográfico ‘Prenda-me Se For Capaz’ (2002); e toda a aventura da série ‘Indiana Jones’; isso tudo sem citar o grande sucesso do cinema que abriu verdadeiramente as portas para Spielberg, o suspense ‘Tubarão’ de 1975. O que todos esses filmes têm em comum é que são todos muito bem feitos, essa sim, é a grande característica de Steven Spielberg. Não é a toa que o diretor já recebeu muitas indicações a diversos prêmios, e ganhou vários deles. Ainda por cima, quando Spielberg firmou uma parceria com um dos maiores compositores de trilhas sonoras do cinema, John Williams (autor de trilhas como Star Wars, Indiana Jones, Tubarão, Harry Potter, A Lista de Schindler, entre outros). Existem muitos filmes de Steven que valem a pena serem assistidos; seus filmes são um verdadeiro show de efeitos especiais e uma grande aula técnica de como dirigir um filme. Assistam!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Robin Hood


Apesar de sua versatilidade, o diretor Ridley Scott acabou fazendo um filme bastante parecido com seu famoso 'Gladiador'; não apenas por ter Russell Crowe no papel principal, mas por seguir uma estrutura épica similar. A grande diferença é que 'Robin Hood' não conta com uma carga emocional tal como a de 'Gladiador'. 'Robin Hood' é o que pode-se chamar de 'mais um filme épico sem relevância'; é um filme muito bem editado e produzido, câmeras perfeitamente posicionadas para mostrar os melhores e mais bem calculados ângulos, bons figurinos e ótimos cenários, e uma trilha sonora (mesmo não sendo inovadora) razoavelmente boa. Contudo, o filme possui uma história, como já foi dito, sem relevância; o filme não acrescenta em absolutamente nada na vida de alguém (apenas nos deixa a dúvida: o que de fato Ridley Scott vê na constante falta de expressão de Russel Crowe?). Enfim, 'Robin Hood' é puro cinema de entretenimento, um filme épico que, apesar de muito bem feito e ensaiado, é comum. É sim, um bom filme, mas não é de forma alguma um filme 'espetacular!'. Fica então a sugestão: assistam 'Robin Hood', mas não esperem muito dele.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Recomendações: Clássicos do Terror



O cinema de terror, hoje, pode ser classificado como psicológico; são comuns as cenas de suspense, ruídos, sustos ou silêncio absoluto. Passamos da fase auge do filmes trash e estamos agora na era das versões americanas de filmes estrangeiros (em especial, japoneses - um verdadeiro festival de cabelos pretos e água). Contudo, os antigos clássicos do horror tinham como personagens alguns monstros mutantes, mortos-vivos (como em 'O Cemitério Maldito' ou 'A Noite dos Mortos Vivos'), psicopatas cruéis em busca de vingança (Freddy Krueger em 'A Hora do Pesadelo' ou Jason em 'Sexta-Feira 13') ou pessoas de algum modo relacionadas ao próprio demônio (como o brilhante 'O Exorcista', 'A Profecia' ou 'O Bebê de Rosemary'). Lobisomens, vampiros, bruxas, fantasmas, e até mesmo brinquedos assassinos como Chuck, eram usados para fazer medo ao público. As séries cinematográficas trazendo psicopatas assassinos, como 'A Hora do Pesadelo', 'Sexta-feira 13' e 'Halloween', conquistaram os espectadores de todo o mundo durante os anos 70 e 80. E até quando pensava-se que o estilo já estava saturado, veio a trilogia 'Pânico' para revitalizar o gênero de terror nos anos 90, sendo responsável pelo movimento conhecido como 'terror teen' e filmes como 'Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado', 'Lenda Urbana' e 'Anatomia'. Voltando aos clássicos, é impossível não recomendar o mestre Alfred Hitchcock (em especial 'Psicose'); e por fim, recomendo o clássico 'Poltergeist - O Fenômeno'; e o que, na minha opinião, é o melhor terror psicológico já feito, 'O Iluminado', que conta com a ilustre atuação de Jack Nicholson e com uma das cenas mais aterrorizantes da história do cinema (em que aparecem as irmãs assassinadas no fundo do corredor). Fica aí a sugestão! Divirtam-se!