quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Atividade Paranormal 2


‘Atividade Paranormal’ está de volta, e mais uma vez naquele velho esquema: câmeras caseiras que levam o espectador à tensão sem revelar muita coisa e muita embromação cinematográfica até algo de verdadeiramente assustador acontecer. O segundo filme acontece em paralelo simultâneo ao primeiro, na casa da irmã de Katie, Kristi. Em comparação ao primeiro filme, ‘Atividade Paranormal 2’ é bem menos arrepiante, não apenas pelas cenas em si, mas especialmente pelo fato de que já estamos a par de que é um demônio presente na casa; não há mais mistério nem o que esconder. Todavia, a história é mais bem desenvolvida. Tal como o primeiro filme, o que prende o público é a expectativa do que vai acontecer e não o que acontece de fato. Por fim, fica a dica: ‘Atividade Paranormal 2’ não inova em nenhum sentido, recria aquela mesma estrutura, mas ainda assim, arranca alguns sustos. Apesar de repetir o mesmo formato do anterior, não é garantido que quem gostou também irá gostar da sequência; mas vale à pena tentar!

sábado, 16 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar


‘Comer Rezar Amar’, adaptação do livro de Elizabeth Gilbert dirigido por Ryan Murphy, narra trajetória da escritora Liz – interpretada por Julia Roberts – que após um divórcio sofrido e uma desilusão amorosa, resolve dar um tempo para si mesma, viajando durante um ano. Seus destinos são Itália, Índia e Bali – nos quais a protagonista inicia todo um processo de recuperação e mudança interior – enquanto nós, que estamos assistindo, somos bombardeados com belas paisagens e delícias gastronômicas na tela. ‘Comer Rezar Amar’ é um daqueles filmes que podem, basicamente, ser categorizados como ‘de auto-ajuda’; a produção traz uma infinidade de lições e mensagens para o público, especialmente feminino, parar para refletir. Por isso, vale à pena assisti-lo; é um filme agradável que leva à reflexão e, sutilmente – não de forma exagerada – à emoção. Não apenas isso, mas vale ressaltar que chega a ser divertido (senão vergonhoso) observar a tentativa ‘quase-bem-sucedida’ de falar português do ator Javier Bardem, no papel do brasileiro Felipe. Assistam!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


A Tropa de Elite está de volta, e dessa vez, o alvo não são os jovens 'maconheiros' financiadores do tráfico, mas sim, o cenário político brasileiro. Com isso, 'Tropa de Elite 2' sai do padrão dos típicos filmes nacionais de favela, e pode ser classificado como um filme policial recheado de críticas e alfinetadas ao governo do Brasil. José Padilha fez um filme tecnicamente perfeito em diversos sentidos; desde os minutos iniciais, 'Tropa de Elite 2' já é genial, usando aquele velho e infalível efeito 'flashback' com uma cena que acontecerá mais adiante no filme. A sucessão de cenas, desde o Bangu 1 até o final do filme, acompanhadas pelas narrações em off do Capitão Nascimento, é um verdadeiro exemplo de uma excepcional edição, planejamento e direção - também vale salientar a notável e grandiosa atuação de Wagner Moura. Depois de um grande sucesso, como o primeiro 'Tropa de Elite', seria uma tarefa bastante árdua superar e realizar um filme como tamanha boa recepção do público sem ser repetitivo, todavia, Padilha e Bráulio Mantovani cumpriram essa tarefa com excelência. 'Tropa de Elite 2' prende o público, indigna, revolta, faz refletir e, por muitas vezes, diverte e ironiza. Tudo na medida certa. O único problema é o alto nível de persuasão que o filme possui; 'Tropa de Elite' é um verdadeiro formador de opiniões, induz o espectador a concordar e achar certo tópicos inconcordáveis como a tortura e a execução, e ir, até mesmo, contra aos direitos humanos - não apenas isso, mas tanto o primeiro filme como o segundo, são verdadeiros indutores da violência. Porém, ainda que apresentando uma moral duvidosa, 'Tropa de Elite 2' é sensacional. Recomendadíssimo!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Último Exorcismo


‘O Último Exorcismo’ pode ser dividido em basicamente duas partes: o “documentário” e o suspense. Começando pelo documentário, que percorre a maior parte do filme – começo e meio – podemos dizer que é um documentário caseiro normal, exceto que é uma ficção. Entrevistas, cenas mal editadas, imagem de pouca qualidade, tremedeira; é até interessante, mas para os espectadores que foram ao cinema esperando cenas arrepiantes, o longo trecho documental é um verdadeiro martírio. Depois de muita embromação, o suspense começa, o filme fica tenso e prende a atenção do público (destaque para a muito boa atuação de Ashley Bell como a garota possuída Nell); o grande problema é que ‘O Último Exorcismo’ possui fatores não muito originais, o filme é uma junção de pequenos elementos presentes em gêneros já saturados: filmagens caseiras estilo ‘A Bruxa de Blair’ já estão cansando (o mais recente ‘Atividade Paranormal’ deveria ter sido uma despedida do gênero); filmes de exorcismo naturalmente despertam o interesse do público, então também já está na hora de inovar e trocar as garotas de camisola branca, manifestando-se em celeiros, por algo novo. Em relação ao roteiro em si, a história começa boa, vai ficando melhor e mais envolvente, até que, no final, apresenta uma confusa e inusitada reviravolta. A verdade é que o histórico de filmes de exorcismo estabeleceu um patamar, e ficou muito difícil superar filmes como ‘O Exorcista’ (1973) e ‘O Exorcismo de Emily Rose’ (2005). Ainda assim, recomendo que vejam ‘O Último Exorcismo’, só não espere nada de muito arrepiante ou assustador.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Recomendações: Alejandro González Iñárritu


Não há quem conteste o grande talento do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu. Juntamente com o roteirista Guillermo Arriaga, o diretor elaborou três excelentes filmes: 'Amores Brutos', '21 Gramas' e 'Babel'. Todos compostos por diversas subnarrações relacionadas com o mesmo acontecimento. 'Amores Brutos' (2000), protagonizado por Gael Garcia Bernal, entrelaça várias histórias pessoais a partir de um acidente de carro. Em '21 Gramas' (2003), com Sean Penn, Benicio Del Toro e Naomi Watts, três pessoas de personalidades diferentes têm seus destinos cruzados devido a um atropelamento. Por fim, temos 'Babel' (2006), estrelando Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael Garcia Bernal, que mostra situações, de certa forma, envolvidas entre si, de quatro grupos separados pela distância e pela cultura em países diferentes. São filmes fortes, carregados de mensagem e emoção; onde estão presentes temas como a morte, o preconceito, o amor, os encontros da vida, entre outros; todos eles trabalhados de forma muito original. Iñárritu e seus brilhantes trabalhos já concorreram e venceram a muitos prêmios, cada um deles especialmente merecido. Vale à pena assistir às películas desse genial diretor.