terça-feira, 28 de dezembro de 2010

72 Horas


A refilmagem do filme francês ‘Pour Elle’, dirigida por Paul Haggis, acabou por superar de forma devastadora a película original. ’72 horas’ é um filme policial dramático recheado de suspense; é um daqueles filmes que envolvem o público e faz todos torcerem para que dê tudo certo no final. O filme conta a história de John (Russel Crowe) que após de muito tentar provar a inocência de sua esposa, Lara, planeja tirá-la da prisão. A diferença entre a refilmagem e o original é que, no filme francês, embora o roteiro seja interessante e muito bom, o filme é desenvolvido de uma forma meio entediante; já no novo, o suspense é maior e o espectador mergulha de forma mais profunda na mente do protagonista, sentindo todo seu desespero e aflição. Os fatores que levaram a superioridade da produção americana foi vários, entre eles, o fato de que Russel Crowe ficou muito bem no papel do pai e marido devoto John, atuando com muito talento e coerência (fato que acontece raras vezes); e até mesmo a influência da trilha sonora em pontos específicos do desenrolar da trama. No meio dos diversos filmes atuais de ação lançados e seus respectivos valores questionáveis, ’72 Horas’ se salva categorizando-se na linha de ‘Busca Implacável’ – porém não chega a ser tão bom quanto o mesmo – está sim, recomendado!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

As Crônicas de Nárnia 3: A Viagem do Peregrino da Alvorada


Se algum dia a trilogia 'As Crônicas de Nárnia' tentou deixar apenas subentendidas as metáforas religiosas, essa preocupação não existe mais; 'As Crônicas de Nárnia 3: A Viagem do Peregrino da Alvorada' deixa muito evidente a essência cristã do filme. Porém, independente de sua mensagem espiritual, o terceiro filme da série é, tal como os outros, um verdadeiro convite ao suicídio. Lições de moral pedantes, humor infantil caricato e cansativo, e até mesmo clichês como 'Essa espada pertenceu ao seu pai, agora pertence a você', fazem parte do roteiro. Em matéria de fazer o público refletir, Nárnia não passa de uma versão pobre de Harry Potter. Embora seja um filme muito bem produzido, não deixe a desejar em matéria de fantasia e seja o filme menos chato da série, 'As Crônicas de Nárnia 3: A Viagem do Peregrino da Alvorada' é muito escasso de conteúdo e não oferece nada além de uma análise moral barata e ineficaz.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recomendações: Martin Scorcese


Martin Scorcese é considerado o maior diretor americano vivo por muitos estudiosos e críticos de cinema; e esse título não foi dado por acaso, é consequencia do grande número de filmes impecáveis que constam em sua ilustre carreira. Temáticas religiosas, gangsters, Nova York, máfia, violência, jogo de interesses, dinheiro, vingança; tudo isso e muito mais faz parte das produções de Scorcese. Com seu imenso talento e toda sua genialidade, o cineasta fez filmes brilhantes desde a década de 70 até os dias de hoje. ‘Taxi Driver’, ‘Touro Indomável’, ‘O Rei da Comédia’, ‘Depois das Horas’, ‘A Cor do Dinheiro’, ‘A Última Tentação de Cristo’, ‘Os Bons Companheiros’, ‘Cabo do Medo’ ,’ A Época da Inocência’ , ‘Cassino’, ‘Gangues de Nova York’,’ O Aviador’, ‘Os Infiltrados’ e ‘ A Ilha do Medo’ são longas incríveis com roteiros fascinantes e dirigidos primorosamente, que estão dentro do consagrado histórico do diretor. Com 64 indicações e 15 prêmios Oscar e 51 indicações e 9 prêmios Globo de Ouro, Martin Scorcese é sim, o maior diretor americano vivo, que sempre contou com excelentes atuações, antes de Robert de Niro, e hoje, de Leonardo DiCaprio. Recomendadíssimo!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Recomendações: Robert Zemeckis


O cineasta, produtor e roteirista estadunidense, Robert Zemeckis, pode não ter um estilo próprio tão marcante e conhecido, quanto certos diretores como Tim Burton, Almodovar, Tarantino, Woody Allen, entre outros. Mas carrega, em seu histórico, filmes notáveis que fazem valer a pena falar de Zemeckis e que o categorizam como um grande diretor. Alguns de seus grandes sucessos que recomendo são: a trilogia 'De Volta para o Futuro', 'Náufrago', 'Uma Cilada Para Roger Rabbit', 'Contato' e 'Revelação'. Mas acima de tudo, indico 'Forrest Gump - O Contador de Histórias', o qual considero um dos melhores filmes americanos já realizados, tornando-se o maior sucesso de crítica e de público de Robert Zemeckis até hoje. Com a considerável ajuda da excelente atuação de Tom Hanks e a trilha sonora de Alan Silvestri (com quem que fez praticamente todas suas trilhas sonoras), ‘Forrest Gump - O Contador de Histórias’, pode ser considerado o projeto mais maduro do diretor, mesmo que ainda mantendo seu usual gosto por efeitos especiais; não é à toa que faturou 6 estatuetas do Oscar. Assistam!

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos



Em ‘Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos’, Woody Allen explorou mais uma vez o estilo tragicômico, ou seja, aquele humor sutil que nos faz rir das nossas próprias tragédias e desgraças. O novo filme é evidentemente mais leve do que outras produções do gênero recentes do diretor, como o charmoso ‘Vicky Cristina Barcelona’ e ‘Tudo Pode Dar Certo’, todavia, não é tão bom ou marcante quanto os dois anteriores. Na trama, nos deparamos com pequenas histórias, de certa forma, interligadas; onde estão todos esperando que uma nova pessoa chegue em suas vidas para acabar com as complicações. Em resumo, é um bom e agradável filme sobre o amor. Com um ótimo elenco e aquela conhecida narração 'woodyana'. Deixa a desejar em comparação a outros de Allen e apresenta alguns diálogos cansativos; mas ainda assim está recomendado, afinal, Woody Allen é genial por natureza!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Senna


A trajetória do grande piloto de Fórmula 1 e eterno ídolo esportivo brasileiro, Ayrton Senna, foi parar nas telonas nacionais e internacionais. Para a surpresa de muitos, o longa-metragem não é mais uma produção da Globo Filmes; ou seja, aquele velho ponto de vista romantizado em relação à história retratada e tiradas melodramáticas, que tentam arrancar lágrimas a todo custo, estão dispensadas desta vez. ‘Senna’ é um documentário da britânica Working Title. O filme mostra, através de filmagens feitas de Ayrton Senna, sua passagem pelo esporte automobilístico – desde o início no Kart em 1978, sua entrada na Fórmula 1, passando pela Lotus, McLaren e Williams, até o fatal acidente de 1 de Maio de 1994, em Ímola. Diferente do formato tradicional do gênero, 'Senna' não tem entrevistados parados, olhando para a câmera; mas sim, comentários narrados em off. Usando o vasto acervo das TVs que cobrem a Fórmula 1 e, pela primeira vez, os arquivos da Família Senna e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), a película reconstrói a carreira de Senna reforçando a ideia de Ayrton como um mito, alguém que beirava à perfeição não só dentro das pistas, mas também fora delas. O diretor Asif Kapadia e o roteirista Manish Pandey deram grande destaque ao confronto entre o brasileiro e Alain Prost; mas não espere mais sobre as rivalidades com Nelson Piquet ou o inglês Nigel Mansel, muito menos fofocas sobre seus romances com Xuxa ou Galisteu - embora a Rainha dos Baixinhos apareça no momento mais relaxante e cômico do filme. O acidente é mostrado inicialmente de forma bastante racional, para depois abrir espaço à emoção dos pilotos, dos brasileiros, e de todo mundo que acompanhou sua carreira até ali. Neste momento, lágrimas invevitavelmente correrão pelos rostos do público, levando todos a pensar na carência de ídolos assim que o Brasil sofre nos dias de hoje, a pensar que as manhãs de domingo nunca mais foram as mesmas, e fazendo de Ayrton Senna não apenas um herói, mas um mito.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Atividade Paranormal 2


‘Atividade Paranormal’ está de volta, e mais uma vez naquele velho esquema: câmeras caseiras que levam o espectador à tensão sem revelar muita coisa e muita embromação cinematográfica até algo de verdadeiramente assustador acontecer. O segundo filme acontece em paralelo simultâneo ao primeiro, na casa da irmã de Katie, Kristi. Em comparação ao primeiro filme, ‘Atividade Paranormal 2’ é bem menos arrepiante, não apenas pelas cenas em si, mas especialmente pelo fato de que já estamos a par de que é um demônio presente na casa; não há mais mistério nem o que esconder. Todavia, a história é mais bem desenvolvida. Tal como o primeiro filme, o que prende o público é a expectativa do que vai acontecer e não o que acontece de fato. Por fim, fica a dica: ‘Atividade Paranormal 2’ não inova em nenhum sentido, recria aquela mesma estrutura, mas ainda assim, arranca alguns sustos. Apesar de repetir o mesmo formato do anterior, não é garantido que quem gostou também irá gostar da sequência; mas vale à pena tentar!

sábado, 16 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar


‘Comer Rezar Amar’, adaptação do livro de Elizabeth Gilbert dirigido por Ryan Murphy, narra trajetória da escritora Liz – interpretada por Julia Roberts – que após um divórcio sofrido e uma desilusão amorosa, resolve dar um tempo para si mesma, viajando durante um ano. Seus destinos são Itália, Índia e Bali – nos quais a protagonista inicia todo um processo de recuperação e mudança interior – enquanto nós, que estamos assistindo, somos bombardeados com belas paisagens e delícias gastronômicas na tela. ‘Comer Rezar Amar’ é um daqueles filmes que podem, basicamente, ser categorizados como ‘de auto-ajuda’; a produção traz uma infinidade de lições e mensagens para o público, especialmente feminino, parar para refletir. Por isso, vale à pena assisti-lo; é um filme agradável que leva à reflexão e, sutilmente – não de forma exagerada – à emoção. Não apenas isso, mas vale ressaltar que chega a ser divertido (senão vergonhoso) observar a tentativa ‘quase-bem-sucedida’ de falar português do ator Javier Bardem, no papel do brasileiro Felipe. Assistam!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


A Tropa de Elite está de volta, e dessa vez, o alvo não são os jovens 'maconheiros' financiadores do tráfico, mas sim, o cenário político brasileiro. Com isso, 'Tropa de Elite 2' sai do padrão dos típicos filmes nacionais de favela, e pode ser classificado como um filme policial recheado de críticas e alfinetadas ao governo do Brasil. José Padilha fez um filme tecnicamente perfeito em diversos sentidos; desde os minutos iniciais, 'Tropa de Elite 2' já é genial, usando aquele velho e infalível efeito 'flashback' com uma cena que acontecerá mais adiante no filme. A sucessão de cenas, desde o Bangu 1 até o final do filme, acompanhadas pelas narrações em off do Capitão Nascimento, é um verdadeiro exemplo de uma excepcional edição, planejamento e direção - também vale salientar a notável e grandiosa atuação de Wagner Moura. Depois de um grande sucesso, como o primeiro 'Tropa de Elite', seria uma tarefa bastante árdua superar e realizar um filme como tamanha boa recepção do público sem ser repetitivo, todavia, Padilha e Bráulio Mantovani cumpriram essa tarefa com excelência. 'Tropa de Elite 2' prende o público, indigna, revolta, faz refletir e, por muitas vezes, diverte e ironiza. Tudo na medida certa. O único problema é o alto nível de persuasão que o filme possui; 'Tropa de Elite' é um verdadeiro formador de opiniões, induz o espectador a concordar e achar certo tópicos inconcordáveis como a tortura e a execução, e ir, até mesmo, contra aos direitos humanos - não apenas isso, mas tanto o primeiro filme como o segundo, são verdadeiros indutores da violência. Porém, ainda que apresentando uma moral duvidosa, 'Tropa de Elite 2' é sensacional. Recomendadíssimo!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Último Exorcismo


‘O Último Exorcismo’ pode ser dividido em basicamente duas partes: o “documentário” e o suspense. Começando pelo documentário, que percorre a maior parte do filme – começo e meio – podemos dizer que é um documentário caseiro normal, exceto que é uma ficção. Entrevistas, cenas mal editadas, imagem de pouca qualidade, tremedeira; é até interessante, mas para os espectadores que foram ao cinema esperando cenas arrepiantes, o longo trecho documental é um verdadeiro martírio. Depois de muita embromação, o suspense começa, o filme fica tenso e prende a atenção do público (destaque para a muito boa atuação de Ashley Bell como a garota possuída Nell); o grande problema é que ‘O Último Exorcismo’ possui fatores não muito originais, o filme é uma junção de pequenos elementos presentes em gêneros já saturados: filmagens caseiras estilo ‘A Bruxa de Blair’ já estão cansando (o mais recente ‘Atividade Paranormal’ deveria ter sido uma despedida do gênero); filmes de exorcismo naturalmente despertam o interesse do público, então também já está na hora de inovar e trocar as garotas de camisola branca, manifestando-se em celeiros, por algo novo. Em relação ao roteiro em si, a história começa boa, vai ficando melhor e mais envolvente, até que, no final, apresenta uma confusa e inusitada reviravolta. A verdade é que o histórico de filmes de exorcismo estabeleceu um patamar, e ficou muito difícil superar filmes como ‘O Exorcista’ (1973) e ‘O Exorcismo de Emily Rose’ (2005). Ainda assim, recomendo que vejam ‘O Último Exorcismo’, só não espere nada de muito arrepiante ou assustador.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Recomendações: Alejandro González Iñárritu


Não há quem conteste o grande talento do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu. Juntamente com o roteirista Guillermo Arriaga, o diretor elaborou três excelentes filmes: 'Amores Brutos', '21 Gramas' e 'Babel'. Todos compostos por diversas subnarrações relacionadas com o mesmo acontecimento. 'Amores Brutos' (2000), protagonizado por Gael Garcia Bernal, entrelaça várias histórias pessoais a partir de um acidente de carro. Em '21 Gramas' (2003), com Sean Penn, Benicio Del Toro e Naomi Watts, três pessoas de personalidades diferentes têm seus destinos cruzados devido a um atropelamento. Por fim, temos 'Babel' (2006), estrelando Brad Pitt, Cate Blanchett e Gael Garcia Bernal, que mostra situações, de certa forma, envolvidas entre si, de quatro grupos separados pela distância e pela cultura em países diferentes. São filmes fortes, carregados de mensagem e emoção; onde estão presentes temas como a morte, o preconceito, o amor, os encontros da vida, entre outros; todos eles trabalhados de forma muito original. Iñárritu e seus brilhantes trabalhos já concorreram e venceram a muitos prêmios, cada um deles especialmente merecido. Vale à pena assistir às películas desse genial diretor.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nosso Lar


Fracas atuações e uma narrativa densa e cansativa fizeram de 'Nosso Lar', um péssimo filme. Uma série de cenas pedantes se arrastam durante 102 minutos diante dos olhos do público - diálogos detalhistas e lentos, cenas auto-explicativas narradas de forma entediante, atuações que mais parecem de teatro infantil (com algumas exceções), e até o figurino tira a credibilidade do filme; por exemplo, quando o personagem principal estava no Umbral, uma espécie de purgatório, as almas que lá estavam mais pareciam vir direto do videoclipe 'Thriller' de Michael Jackson. Todavia, é difícil analisar um filme religioso sem aparentar preconceito; 'Nosso Lar' é baseado na importante obra do espiritismo brasileiro, o primeiro volume da série 'A Vida no Mundo Espiritual', escrita por Chico Xavier. Conta a história do espírito André Luíz, que após a morte, vai para outra dimensão, passando pelo Umbral e acolhido na colônia Nosso Lar, onde começa seu aprendizado rumo à evolução espiritual. Não conheço o livro, então falo pelos demais espectadores que se interessaram por 'Nosso Lar' apenas como entretenimento cinematográfico. 'Nosso Lar' é um filme muito ruim que, nem os efeitos especiais amenizaram sua situação. Depois de um filme excepcional como 'Chico Xavier', 'Nosso Lar' decepciona em basicamente todos os sentidos. Absolutamente não-recomendado!

sábado, 25 de setembro de 2010

Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme


'Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme', continuação do icônico 'Wall Street' de 87, é o que se pode chamar de um filme normal. Isso mesmo, normal: mediano, regular, médio critério, sem nada de extraordinário nem nada de desprezível. Bons atores, bons cenários, boa edição, e a quantidade de temáticas abordadas é extensa: relação entre pais e filhos, relação conjugal, vida profissional, ganância, ambição, perdão, entre outros tópicos, até chegar no fator principal, o dinheiro. É em um cenário de crise econômica que o filme se desenrola, com dinheiro e vingança andando de mãos dadas, e isso teria funcionado de forma espetacular, se não caísse naquelas velhas armadilhas melodramáticas de sempre, que deixam o filme previsível ao extremo. 'Wall Street' é um filme precioso para os economistas, mas para os demais cidadãos, haverá momentos que certos diálogos irão soar de forma cansativa aos ouvidos - não só os diálogos, mas algumas também cenas repetidas em flashback de forma desnecessária, pois não havia mistério que não pudesse ser facilmente deduzido pelo espectador. Por fim, volto a repetir, 'Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme' é um filme nada mais e nada menos do que médio. Ainda assim, recomendo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Recomendações: Stanley Kubrick


Se houve um rebelde no cinema, esse foi Stanley Kubrick. Um diretor extremamente perfeccionista que procurava agradar, antes de mais nada, a si próprio - caso contrário, se não pudesse usar sua total liberdade criativa, preferia nem gravar. Para alguns, Kubrick é considerado polêmico, ou até mesmo, imoral; esse foi o preço pago por nunca pecar pelo descuidado ou negligência. E valeu a pena! Stanley Kubrick foi um dos maiores diretores do meio cinematográfico, sem sombra de dúvidas; seus filmes nunca deixavam de "dizer alguma coisa", ainda quando soavam ambíguos. Kubrick é responsável por grandes filmes, digo, clássicos, como: o épico "Spartacus"; o polêmico "Lolita"; o primoroso humor negro de "Dr. Fantástico"; "2001: Uma Odisséia no Espaço" - para muitos, a melhor ficção científica já filmada; o inovador e brilhante "Laranja Mecânica"; o genial suspense "O Iluminado", entre outros mais. Não é à toa que Stanley Kubrick foi um dos cineastas mais importantes do século XX, responsável por uma carreira notável, regular, bem-estruturada e com uma excelente recepção crítica. Vale à pena assistir a todos esses filmes!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Recomendações: Christopher Nolan


Se o super-herói Batman voltou a colecionar fãs por volta de todo o mundo, um dos responsáveis por isso é Christopher Nolan. O diretor executou um trabalho singular, diferente de todos os outros Batmans já existentes, e trouxe o homem-morcego de volta às telonas de forma brilhante em 'Batman Begins'. Se já não fosse o bastante, Nolan fez uma sequência para o filme ainda mais genial ainda, em 'Batman - O Cavaleiro das Trevas' (no qual contou com a grande e ilustre atuação de Heath Ledger no papel do insano vilão Coringa). Christopher Nolan também fez 'O Grande Truque', um ótimo suspense, com uma envolvente trama e que traz um excelente elenco - chegando até a receber indicações ao Oscar em prêmios técnicos. Voltando o relógio para o ano de 2000, vemos que Nolan elaborou 'Amnésia', um filme com uma montagem bastante peculiar e um roteiro bastante interessante. O mais recente trabalho do diretor, 'A Origem', é arrebatador e supera todas as expectativas, é a mais nova prova de que Christopher Nolan é um grande diretor; assistam!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Bem Amado


Ao contrário do que muitos pensam e esperam, Guel Arraes não usufruiu do alto grau de bom humor de ‘O Bem Amado’ quanto poderia. Um enredo tal qual Arraes possuía nas mãos, abre espaço para um diretor criar uma comédia extraordinariamente hilária. E não apenas isso, mas ele também conta com um elenco impecavelmente competente - destaque para Marco Nanini. Todavia, ‘O Bem Amado’ não funciona tão bem assim, e acredito que isso acontece devido ao caminho excessivamente político pelo qual o filme enveredou. Se já não bastasse o constante tema político, também são feitas analogias explicitas com o governo nacional e mundial da época. Deste modo, o filme não só fica cansativo, como também despreza a capacidade do público de compreender mensagens subentendidas. Contudo, é um bom filme – que poderia ser melhor e trabalhado de maneira mais inteligente – mas ainda assim, está recomendado.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Origem


Filmes que tratam de temas além do total entendimento humano sempre atraem o público; como: forças sobrenaturais, vida após a morte, vida na pré-história, dinossauros, seres extraterrestres, entre muitos outros mais. ‘A Origem’, traz uma dessas temáticas; desta vez, relacionada ao subconsciente. E o diretor Christopher Nolan aproveitou cada elemento que o mundo dos sonhos pode oferecer para favorecer o filme. O suspense é algo que brota espontaneamente durante ‘A Origem’, afinal, são as profundezas da mente humana que estão sendo investigadas. É como pegar um enredo policial e adicionar um novo ingrediente – o sonho – tal ingrediente, vai ser responsável por trazer todo mistério, ação e drama que circula a trama, pois é um cenário que abre espaço para que o diretor use e abuse da fantasia, da imaginação, e de recursos e efeitos especiais. ‘A Origem’ possui um roteiro complexo, é preciso atenção para não perder a linha de raciocínio, e para o próprio espectador não se perder no meio. A verdade é que ‘A Origem’ é realmente extraordinário; Christopher Nolan, depois dos notáveis ‘Batman Begins’, ‘O Cavaleiro das Trevas’ e 'O Grande Truque', se superou e fez um filme arrebatador com cenas evidenciando toda sua esperteza e talento cinematográfico. Além do mais, vale ressaltar a grande colaboração da ilustre atuação daquele que, em minha opinião, é um dos maiores atores da atualidade, Leonardo DiCaprio; também da jovem Ellen Page e todo o resto do elenco que é brilhantemente competente. Fica a dica: ‘A Origem’ está recomendadíssimo! Assistam!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Salt


Em ‘Salt’, Angelina Jolie interpreta a personagem Evelyn Salt, uma oficial da CIA acusada de ser uma espiã russa por um desertor soviético, que agora precisa evitar ser presa e tem que provar sua inocência; típico e convencional. Porém, definir quem é Salt não é uma tarefa fácil; durante o decorrer do filme, a personagem oscila entre diversas personalidades; seria porque a aparente frieza da atriz acaba por mascarar o ‘grande coração’ da personagem? Ou talvez pelo fato das caras e bocas - ‘sempre com gloss’- e os cabelos tingidos de Jolie formar um contraste muito grande com as cenas de luta corpo-a-corpo? Seja o que for, Salt é uma série de pequenos mistérios sucessivamente revelados durante a trama. Por fim, é um filme ‘como muitos outros’; na verdade, está abaixo do nível de muitos outros filmes que seguem esse padrão. Já passou da hora dos filmes envolvendo agentes secretos inovarem: já estamos cansados de disfarces superficiais que driblam até mesmo a segurança do presidente norte-americano, criminosos que facilmente fogem de dentro do carro da polícia (algemados, ainda por cima!) e de bombinhas improvisadas feitas à mão explodindo tudo e abrindo caminho pra uma fuga. Então, não recomendo nem ‘desrecomendo’ o insignificante ‘Salt’, apenas acredito que existem filmes, do mesmo gênero, muito superiores – como, por exemplo, a trilogia Bourne!

domingo, 25 de julho de 2010

Encontro Explosivo


Se 'O Esquadrão Classe A' peca por ser, de certa forma, 'masculino' demais; 'Encontro Explosivo' segue a linha oposta. Não que o filme seja feito exclusivamente para o público feminino, mas é uma das poucas tramas de ação na qual vemos um interesse de agradar ambos os sexos. Categorizar 'Encontro Explosivo' como um filme de ação e desprezar todo seu alto grau de comédia é um erro; o filme conta com algumas cenas de ação aonde Tom Cruise esbanja todo o seu charme relembrando suas 'missões impossíveis', mas o forte do enredo são realmente as partes bem humoradas trazendo Roy (Tom Cruise) e June (Cameron Diaz). Vale salientar também, que além da comédia, também há um singelo toque de romance. É claro que 'Encontro Explosivo' não está livre dos famosos clichês presentes em filmes de ação e comédia, mas por fim, o filme ficou interessante. Até porque mostra uma nova e eficiente forma de reduzir longas cenas de ação e deixar o filme menos cansativo - drogar a personagem principal e passar o filme em flashes e lembranças, ou seja, a partir de sua perspectiva - especialmente para as mulheres. Os dois atores estão em ótima sintonia e o filme é um ótimo (porém não espetacular) cinema de entretenimento. Está recomendado!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Recomendações: John Hughes


Quer relaxar, rir e recordar? Então que tal assistir um filme de John Hughes? Você pode até não reconhecer esse diretor, produtor e roteirista pelo nome, mas certamente já viu um de seus filmes. John Hughes é considerado nada menos do que ‘o mestre dos filmes adolescentes dos anos 80’; e quem viveu durante essa década, com certeza se lembra do ‘Clube dos Cinco’; da ‘Mulher Nota 1000’ criada pelos garotos Gary e Wyatt; do divertido Steve Martin em ‘Antes Só Do Que Mal Acompanhado’; do figurino inusitado de Andy em ‘A Garota Rosa Shocking’; e, é claro, daquele dia incrível vivido por Ferris Bueller (Matthew Broderick) em ‘Curtindo A Vida Adoidado’. Quem viveu nos anos 90, provavelmente viu tais filmes na televisão (Sessão da Tarde, Cinema em Casa, entre outros) e também se divertiu bastante com ‘Esqueceram de Mim’ e ‘Esqueceram de Mim 2 – Perdido em Nova York’, também trabalhos de John Hughes. Além disso, seus filmes contam com trilha sonoras que viraram moda em décadas passadas, lançando hits de bandas como Simple Minds, Oingo Boingo, The Smiths, e muitos outros. Diante de tudo isso, conclui-se que os filmes de Hughes podem ser resumidos pela palavra ‘diversão’; portanto se você deseja passar o tempo de forma bastante agradável, sigam a recomendação!

Recomendações: Joe Wright


O britânico Joe Wright pode ser apenas um iniciante no ramo cinematográfico; mas ainda que com uma reduzida filmografia, o diretor já possui dois grandes filmes em seu histórico. Seus dois importantes trabalhos são 'Orgulho e Preconceito' e 'Desejo e Reparação'. Ambos adaptações de romances ingleses; respectivamente, de Jane Austen e Ian McEwan. Além de contar com ótimos enredos e notáveis atuações (destaque para Keira Knightley), é indiscutível a intervenção do talentoso diretor - principalmente no que diz respeito aos cenários e, especialmente, aos detalhes. 'Orgulho e Preconceito' é um romance e só, não é um drama nem uma comédia - mas arranca suspiros e provoca certas emoções no espectador. 'Desejo e Reparação' já nos mostra uma parcela maior de drama e, principalmente, de culpa; além de trazer um cenário relacionado à guerra. Os dois filmes estão ‘mais-que-recomendados’! Ainda não tive a oportunidade de assistir ao mais recente trabalho de Joe Wright, 'O Solista' (com Jamie Foxx e Robert Downey Jr), mas acredito que seja mais uma grande obra desse novo e promissor diretor.

domingo, 4 de julho de 2010

Recomendações: Irmãos Coen


Se você curte uma linha de filmes mais sarcástica, debochada e crítica; eu recomendo que assista aos filmes dos Irmãos Coen. Joel Coen e Ethan Coen são responsáveis pela direção e produção de vários filmes, como 'Arizona Nunca Mais', 'Fargo', 'E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?' e (o péssimo e absolutamente não-recomendado) 'Matadores de Velhinhas'; que trazem uma espécie de humor negro, misturando a comédia ao drama e, até mesmo, à tragédia. Fugindo um pouco do estilo, os Irmãos Coen fizeram o grande e premiado 'Onde os Fracos Não Têm Vez', em 2007 - mostrando que os Coen também podem ser mestres no suspense e no faroeste. Recentemente, voltaram à velha moda com os ótimos 'Queime Depois De Ler' e 'Um Homem Sério'. São filmes inteligentes e divertidos ao mesmo tempo; os que mais indico são: 'Onde os Fracos Não Têm Vez', 'Queime Depois De Ler', 'Fargo' e 'E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?'. Relaxe com os Irmãos Coen, mas sempre ligado nas denúncias e tiradas espertas do filme!

Toy Story 3


Se você assistiu Toy Story 1 e 2 durante a infância, levante-se da cadeira e vá imediatamente ao cinema mais próximo assistir Toy Story 3. Se você não assistiu, vá do mesmo jeito. Porém, antes de mais nada, um aviso: prepare-se para se emocionar! Pois é, a sempre competente Pixar se superou e fez um filme extraordinário. Toy Story 3 tem a medida certa de aventura, comédia, beleza, e principalmente, nostalgia; é impossível ver o filme e não sentir saudades da infância e de seus antigos brinquedos. Assisti ao filme numa sala repleta de crianças que nem sonhavam em nascer quando o primeiro Toy Story foi lançado, em 1995; essas crianças com certeza se divertiram bastante com Woody, Buzz, e todos os outros brinquedos - elas provavelmente acharam o filme ótimo e comprarão o DVD, quando for lançado. Eu, que era criança quando os dois primeiros filmes foram lançados e lembro-me bem quando os assisti, achei o filme maravilhoso e concordo com o que ouvi falar: ainda bem que a Pixar fez o filme em 3-D, porque os óculos ajudam a esconder dos outros que você está com lágrimas nos olhos; é inevitável não colocar-se no lugar do garoto - agora crescido demais para seus antigos brinquedos - Andy. Contudo, em 2-D ou 3-D, Toy Story 3 é fantástico, e coloca a série em um grupo de poucos filmes, aqueles os quais o primeiro, o segundo e o terceiro são muito bons. Recomendo a todos!
P.S. Eu gostaria também de sugerir aos que assistirão ao filme o seguinte: prestem atenção no curta-metragem que precede, 'Dia e Noite', é genial, altamente inovador e pode ser considerado um dos melhores já produzidos pela Pixar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Saga Crepúsculo: Eclipse


'Eclipse' chega às telonas para o total delírio dos fãs da Saga Crepúsculo. O terceiro filme da série é um verdadeiro festival de caras e bocas; de um lado, temos o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) e toda sua expressão permanente de tortura e dor; de outro, temos o lobisomem Jacob Black (Taylor Lautner) com seu biquinho - o que seria uma tentativa frustrada de fazer cara de mau. Os dois jovens e belos atores parecem estar competindo não só pela tão cobiçada Bella (Kristen Stweart), mas também disputando o título de 'quem atua pior'. O péssimo desempenho de ambos, parece também atrapalhar a performance da até então competente Kristen Stweart. A verdade é que 'Eclipse' parece tirar toda a credibilidade de Crepúsculo; o que no primeiro filme era uma bonitinha história de amor com um toque de fantasia, virou uma grande festa folclórica com direito a muitas lendas e mitos, embalada por diálogos melosos e piegas. O fenômeno teen parece estar em constante regressão, ou melhor, em queda livre em termos de conteúdo. O primeiro filme, 'Crepúsculo', mesmo com poucos recursos, foi desenvolvido de maneira bem inteligente e interessante. O segundo, 'Lua Nova', que conta com melhores efeitos especiais, mesmo diante de muita apelação (em especial no que diz respeito ao sempre 'descamisado' Taylor Lautner) e de diálogos pedantes, pode ser facilmente considerado assistível. Neste novo filme, o público sai da sala de cinema com aquela estranha sensação de que nada aconteceu - isso mesmo: o filme termina exatamente como começa. A falta de dinâmica no desenrolar da trama afetou até mesmo as cenas de ação, que podem simplesmente passar despercebidas aos olhos do espectador. Para um livro que contém um índice de ação maior que os demais da série, a adaptação é, digamos que, muito chata. Porém, os fieis 'Twilight Fans', provavelmente, irão marcar presença nas sessões mais de uma vez; sempre com a esperança de encontrar seus queridos vampiros estilosos ou lobisomens calorentos demais para usar uma blusa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Recomendações: Animações da Disney


Lindas princesas e príncipes encantados; lugares distantes e bruxas malvadas; animais, flores e objetos que falam! Isso, e muito mais, faz parte do fantástico mundo animado da Disney. Um show de beleza e finais felizes, no qual é impossível não se deixar levar pelas lindas e meigas canções. Desde o início, em 1937, com 'Branca de Neve e os Sete Anões', os desenhos da Disney (aparentemente direcionados ao público infantil) encantam e conquistam todas as faixas etárias. Passando pelos anos 40 com os inocentes 'Pinóquio', 'Dumbo' e 'Bambi'. Brilhando nos anos 50 com os esplêndidos 'Cinderela', 'Alice no País das Maravilhas', 'Peter Pan', 'A Dama e o Vagabundo' e 'A Bela Adormecida'. Atravessa a década de 60 com '101 dálmatas', 'A Espada era a Lei', e 'Mogli - O Menino Lobo'. E a de 70 com 'Aristogatas', 'Robin Hood' e 'Bernardo e Bianca'. No anos 80, a Disney lançou, entre outros filmes, 'O Cão e Raposa', 'Oliver e Sua Turma', 'As Peripécias do Ratinho Detetive', 'O Caldeirão Mágico' e o famoso e genial 'A Pequena Sereia' - que traz consigo uma trilha sonora espetacular. Chegamos então aos anos 90, e se parecia impossível superar os grandes e saudosos clássicos, a Disney superou todas as expectativas e produziu uma década singular: 'A Bela e a Fera', 'Aladdin', 'Rei Leão', 'Pocahontas', 'Toy Story', 'O Corcunda de Notre Dame', 'Hércules', 'Mulan', 'Vida de Inseto', 'Tarzan', e outros mais. Fica muito difícil escolher apenas alguns para recomendar, pois recomendo todos! Ao lado estão meus quatro filmes favoritos e coincidentemente algumas de minhas trilhas sonoras preferidas: 'Rei Leão', 'A Bela e a Fera', 'Pocahontas' e 'Branca de Neve e os Sete Anões'. Vale muito a pena embarcar nesse mundo de sonhos e fantasia, aonde tudo é bonito e deliciosamente divertido! (Texto dedicado a Vulpian Maia)

domingo, 27 de junho de 2010

O Esquadrão Classe A


Humor exageradamente forçado, uma série de frases clichês, cenas de tanta ação que cansam a vista. Pois é, o excesso de testosterona, de certa forma, estragou 'O Esquadrão Classe A'; no qual vemos quatro tipos típicos de 'homens em filmes de ação': o experiente velhote sábio e manda-chuva do grupo, o cara-de-pau sedutor, o grandão viciado em automóveis que oscila entre bravo e medroso, e o doido abestalhado encarregado de trazer comédia ao filme (o que não funciona muito bem, pois o filme não pode ser enquadrado como engraçado, e sim como ridículo). Para completar, pior do que todos esses personagens, temos a horrível atuação de Jessica Biel (que aparentemente só conhece uma única expressão facial) - é o apocalipse. A trilha sonora varia entre dois extremos; enquanto em uma cena está tocando 'I Am An Anarchist' de Sex Pistols, a cena seguinte é embalada por uma melodiazinha heroico-dramática no fundo. Ao longo do enredo existem algumas partes, de fato, empolgantes; mas é temporário, de repente você se vê olhando para o relógio e fazendo as contas de quanto tempo falta para o filme terminar. Se já não fosse o bastante, o filme imita trechos de outros filmes (como na parte do filme 3D, quando um veículo entra na sala - praticamente igual a 'A Última Festa de Solteiro' de 1984). Mas a verdade é que, apesar de tudo, a fidelidade ao roteiro original de 'O Esquadrão Classe A' tem agradado aos fãs da antiga série dos anos 80, e a uma grande parcela do público. Eu, pessoalmente, não gostei e não recomendo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sex And The City 2


Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte estão de volta às telonas em 'Sex and the City 2'. Desde o primeiro filme, é notável um declínio em relação ao seriado; todavia, nesse segundo filme o abismo se abre ainda mais e deixa a superioridade da série de TV bem mais evidente. Apesar do show de moda e estilo dado pelos figurinos das personagens, do cenário paradisíaco do Oriente Médio, e até mesmo da incrível Nova York; o filme não funciona muito bem. Não é culpa apenas da história em si, mas majoritariamente da duração das cenas. 2h e 20min deixaram o filme muito cansativo, com cenas longas e, muitas vezes, desnecessárias. O humor do filme é ligeiramente fraco, salvo as cenas com Samantha (Kim Catrall) - que está em ótima performance. Apesar de tudo, 'Sex and the City' é incrível por natureza e nos dá o exemplo de uma linda e verdadeira amizade feminina, mesmo quando não se encontra em sua melhor forma. Vale a pena ver, principalmente se você for mulher; junte suas amigas, e transforme essas longas e cansativas duas horas em um momento muito agradável!

domingo, 13 de junho de 2010

Cartas para Julieta


Altamente previsível, docemente bobinho, porém, de alguma forma cativante. ‘Cartas para Julieta’ é mais uma comédia romântica (mais romântica do que comédia, vale salientar), naquele mesmo esquema de sempre no qual todos nós sabemos como vai terminar. O filme é recheado de belas paisagens italianas, que deixam um clima de romance ainda maior. Mas uma coisa é verdade, apesar de todo o carisma natural e meiguice da protagonista Amanda Seyfried, tenho que admitir que o filme poderia ser bem melhor; tendo em vista que o roteiro (apesar de clichê) é interessante, o desenrolar da história poderia ter sido mais bem desenvolvido pela direção. Outra falha é a gritante pieguice, principalmente nos diálogos finais do filme. Gael Garcia Bernal não está em sua usual excelente performance, e Christopher Egan (apesar de lindo) não é lá grandes coisas em termos de atuação. Todavia, ‘Cartas para Julieta’ é um daqueles filmes apaixonados e apaixonantes, fazem você sorrir e acreditar, nem que seja apenas durante aqueles 105 minutos, e mesmo no meio de conversinhas ridículas e pedantes, que o amor vale à pena e que nunca é tarde demais para ele. É, sim, uma mensagem ‘batida’ e comum em filmes como esse, mas geralmente conquista o público. Recomendo o filme! É tolinho, é light, mas diverte temporariamente - principalmente se visto a dois!

sábado, 12 de junho de 2010

O Golpista do Ano


Baseado em uma história inacreditavelmente real, 'I Love You Phillip Morris' (estranhamente traduzido para 'O Golpista do Ano') chega às telonas. Filmes sobre malandros, vigaristas, golpistas e afins, não são novidade; e temáticas gays também já viraram moda no meio cinematográfico. Essa agradável comédia então, é a junção dos dois. A trama conta a história de Steven Russell (interpretado por Jim Carrey), um golpista que vai para a prisão e se apaixona por Phillip Morris (Ewan McGregor). Steven Russell não consegue se manter fora dos golpes e das mentiras, o que eventualmente o leva de volta à prisão por 4 vezes (das quais consegue fugir), e deixa seu relacionamento com Phillip conturbado. É um filme engraçado, não chega a ser hilário; contudo é relaxante e divertido. Jim Carrey, um ator naturalmente teatral, esbanja todo o seu talento característico interpretando um Steven Russell "gay, gay, gay" - como o próprio personagem auto se define. Ewan McGregor está espetacular e divinamente afetado no papel do delicado Phillip Morris. E até mesmo personagens secundários, como Jimmy (Rodrigo Santoro) e Debbie (Leslie Mann), dão ótima contribuição ao desenrolar da trama. Recomendo, sim, que assistam 'O Golpista do Ano'! Também sugiro que observem além da comédia aparente e enxerguem as críticas feitas pelo filme, em especial ao governo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fúria de Titãs


Enquanto assistia às lutas entre deuses, humanos, semideuses, e entre outros seres, em 'Fúria de Titãs', eu travava uma própria batalha interna contra o sono. O péssimo roteiro, a direção medíocre e os ineficazes atores deixam o filme, digamos que, ridículo. O diretor Louis Leterrier se superou e conseguiu fazer um filme pior do que seus anteriores (convenhamos, uma tarefa bastante árdua depois da série 'Carga Explosiva' e 'O Incrível Hulk'). Chega a ser até um crime chamar Sam Worthington de ator (juro que tentei enxergar algum resquício atuação alí, mas confesso que não consegui - ele fica melhor na cor azul e computadorizado, como em Avatar). As cenas de ação que trazem criaturas imaginárias, como os escorpiões gigantes, o Kraken e a medusa, são o ponto forte (aliás, o único ponto forte) do filme. Porém, essas cenas empolgantes entram em contraste com as cenas chatas e entediantes que sucedem; e para piorar, temos que ouvir ‘clicherismos’ como 'Meu pai me ensinou algo que sempre levo comigo, ele disse que... blá-blá-blá!'. Santa paciência! Não recomendo!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Recomendações: Filmes de Dança


A dança é algo que naturalmente agrada os olhos do público e sempre agradou os produtores de Hollywood; quando se junta uma história dançante e uma trilha sonora arrebatadora, o resultado é um contagiante filme de dança (daqueles que é praticamente impossível não se balançar um pouquinho na cadeira). Filmes assim agradam diversas faixas etárias, mas creio que o verdadeiro público alvo geralmente são os jovens; o que, de fato, é bom, pois tais enredos trazem protagonistas que se destacam por dançarem bem, não por valentia, beleza ou riqueza material, mas apenas por terem na dança uma paixão; um bom exemplo para a juventude atual. Dentre os filmes com foco na dança, existe, claro, os 'Tops de Linha'; em primeiríssimo lugar recomendo 'Os Embalos de Sábado à Noite' (1977) que conta com grande performance, charme natural e talento de John Travolta interpretando Tony Manero, com um roteiro muito bom ao som empolgante de Bee Gees e o cenário Disco dos anos 70, 'Os Embalos de Sábado à Noite' é um verdadeiro e espetacular show. Em seguida, temos 'Flashdance' (1983), trazendo Jennifer Beals como Alex Owens, a soldadora e dançarina exótica em busca do seu sonho de entrar numa famosa companhia de dança; a coreografia ao som de 'What a Feeling' é imperdível, aliás, o filme todo é embalado por uma fantástica trilha sonora, com músicas como 'She's a Maniac' e 'Lady, lady, lady'. Outro grande filme é 'Dirty Dancing' (1987), no qual Patrick Swayze dá uma verdadeira aula de dança e Jennifer Grey, como uma aluna exemplar, se junta ao ator para tornar esse filme encantador, tanto para profissionais de dança quanto para amadores; o filme conta com grandes faixas como 'Hungry Eyes' e 'She's Like the Wind', porém o grande destaque certamente é a coreografia de 'Time of my Life'. Em quarto lugar, eu indico Kevin Bacon e seu festival de dança, ginástica e rebeldia em 'Footloose' (1984), o ator interpreta Ren, um jovem apaixonado por musica e dança que vai parar em uma cidade onde tudo isso é proibido; é com absoluta certeza uma das melhores trilhas sonoras do cinema, trazendo canções como 'Footloose', 'Holding Out For A Hero', 'Let's Hear it For The Boy' e 'Never'. Existem vários outros filmes que trazem diversos tipos de dança, como hip hop, salsa, dança de salão, enfim. Vale a pena assistir esses filmes, aparentam ser puro cinema de entretenimento, mas acredite, nos proporciona muito conhecimento!

sábado, 29 de maio de 2010

O Escritor Fantasma


'O Escritor Fantasma' de Roman Polanski, o consagrado diretor de filmes como 'O Pianista', 'Tess', 'Chinatown', 'Busca Frenética' e 'O Bebê de Rosemary', conta a história de um ghostwriter (Ewan McGregor) encarregado de escrever a biografia do ex-Primeiro-Ministro inglês Adam Lang (Pierce Brosnan) depois da misteriosa morte do escritor anterior; o novo escritor fantasma encontra dificuldade em realizar seu trabalho, ainda mais quando o político recebe acusações por crimes de guerra. O tom do filme oscila entre um suspense, provocado pela solitária casa com paredes de vidro e pelo próprio mistério que cerca a trama; e ao mesmo tempo, um tom melancólico, opressivo e triste provocado pela solidão em que se encontra o protagonista, em uma ilha cinzenta, deserta e nublada. Roman acertou em cheio ao cotar Ewan McGregor para o papel principal, o ator está em incrível perfomance e carrega o filme com bastante segurança. O público acaba vendo o filme pela perscpectiva do escritor, que inicialmente parece ter uma personalidade confortavelmente entorpecida, mas que ao longo do enredo, como nós, vai gradualmente se envolvendo com a história. Destaque para a boa atuação de Pierce Brosnan, e também para as (propositalmente frias) atuações de Olivia Williams e Kim Cattrall. Indico, sim, 'O Escritor Fantasma'; é um filme muito bom no qual os pequenos detalhes de Polanski fazem toda a diferença!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Recomendações: Steven Spielberg


Se Steven Spielberg pudesse ser resumido em uma só palavra, esta seria ‘sucesso’. O diretor possui em sua carreira uma infinidade de blockbusters; tanto como diretor, quanto como produtor. Definir um determinado estilo para Spielberg é praticamente impossível, tendo em vista que, como diretor, seus filmes variam entre: as ficções científicas, como ‘Contatos Imediatos de Terceiro Grau’ (1977), ‘ET – O Extraterrestre’ (1982), ‘Jurassic Park’ (1997), ‘A.I. – Inteligência Artificial’ (2001), ‘Minority Report’ (2002) e ‘Guerra dos Mundos’ (2005); os filmes de guerra ou históricos, como ‘Império do Sol’ (1987), o vencedor dos Oscars de Melhor Filme e Melhor Diretor ‘A Lista de Schindler’ (1993), ‘Amstad’ (1997), o vencedor do Oscar de Melhor Diretor ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Munique’ (2005); os dramas, como o belíssimo e engajado ‘A Cor Púrpura’ (1985) e o divertido ‘O Terminal’ (2004); o imperdível policial biográfico ‘Prenda-me Se For Capaz’ (2002); e toda a aventura da série ‘Indiana Jones’; isso tudo sem citar o grande sucesso do cinema que abriu verdadeiramente as portas para Spielberg, o suspense ‘Tubarão’ de 1975. O que todos esses filmes têm em comum é que são todos muito bem feitos, essa sim, é a grande característica de Steven Spielberg. Não é a toa que o diretor já recebeu muitas indicações a diversos prêmios, e ganhou vários deles. Ainda por cima, quando Spielberg firmou uma parceria com um dos maiores compositores de trilhas sonoras do cinema, John Williams (autor de trilhas como Star Wars, Indiana Jones, Tubarão, Harry Potter, A Lista de Schindler, entre outros). Existem muitos filmes de Steven que valem a pena serem assistidos; seus filmes são um verdadeiro show de efeitos especiais e uma grande aula técnica de como dirigir um filme. Assistam!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Robin Hood


Apesar de sua versatilidade, o diretor Ridley Scott acabou fazendo um filme bastante parecido com seu famoso 'Gladiador'; não apenas por ter Russell Crowe no papel principal, mas por seguir uma estrutura épica similar. A grande diferença é que 'Robin Hood' não conta com uma carga emocional tal como a de 'Gladiador'. 'Robin Hood' é o que pode-se chamar de 'mais um filme épico sem relevância'; é um filme muito bem editado e produzido, câmeras perfeitamente posicionadas para mostrar os melhores e mais bem calculados ângulos, bons figurinos e ótimos cenários, e uma trilha sonora (mesmo não sendo inovadora) razoavelmente boa. Contudo, o filme possui uma história, como já foi dito, sem relevância; o filme não acrescenta em absolutamente nada na vida de alguém (apenas nos deixa a dúvida: o que de fato Ridley Scott vê na constante falta de expressão de Russel Crowe?). Enfim, 'Robin Hood' é puro cinema de entretenimento, um filme épico que, apesar de muito bem feito e ensaiado, é comum. É sim, um bom filme, mas não é de forma alguma um filme 'espetacular!'. Fica então a sugestão: assistam 'Robin Hood', mas não esperem muito dele.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Recomendações: Clássicos do Terror



O cinema de terror, hoje, pode ser classificado como psicológico; são comuns as cenas de suspense, ruídos, sustos ou silêncio absoluto. Passamos da fase auge do filmes trash e estamos agora na era das versões americanas de filmes estrangeiros (em especial, japoneses - um verdadeiro festival de cabelos pretos e água). Contudo, os antigos clássicos do horror tinham como personagens alguns monstros mutantes, mortos-vivos (como em 'O Cemitério Maldito' ou 'A Noite dos Mortos Vivos'), psicopatas cruéis em busca de vingança (Freddy Krueger em 'A Hora do Pesadelo' ou Jason em 'Sexta-Feira 13') ou pessoas de algum modo relacionadas ao próprio demônio (como o brilhante 'O Exorcista', 'A Profecia' ou 'O Bebê de Rosemary'). Lobisomens, vampiros, bruxas, fantasmas, e até mesmo brinquedos assassinos como Chuck, eram usados para fazer medo ao público. As séries cinematográficas trazendo psicopatas assassinos, como 'A Hora do Pesadelo', 'Sexta-feira 13' e 'Halloween', conquistaram os espectadores de todo o mundo durante os anos 70 e 80. E até quando pensava-se que o estilo já estava saturado, veio a trilogia 'Pânico' para revitalizar o gênero de terror nos anos 90, sendo responsável pelo movimento conhecido como 'terror teen' e filmes como 'Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado', 'Lenda Urbana' e 'Anatomia'. Voltando aos clássicos, é impossível não recomendar o mestre Alfred Hitchcock (em especial 'Psicose'); e por fim, recomendo o clássico 'Poltergeist - O Fenômeno'; e o que, na minha opinião, é o melhor terror psicológico já feito, 'O Iluminado', que conta com a ilustre atuação de Jack Nicholson e com uma das cenas mais aterrorizantes da história do cinema (em que aparecem as irmãs assassinadas no fundo do corredor). Fica aí a sugestão! Divirtam-se!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Alice no País das Maravilhas



Alice tinha tudo para ser um filme excelente; uma história interessante e enigmática que se encaixa perfeitamente no perfil do diretor Tim Burton, ótimos atores e efeitos especiais. Contudo, Alice No País da Maravilhas decepcionou no sentidos enredo e dinâmica. Para quem espera um filme tal como o desenho e o livro, aparentemente para crianças, mas que possuem uma enorme carga de mensagens subentendidas, adianto que o novo filme não conta tanto com isso; Alice de Tim Burton é um filme dedicado especialmente ao público infantil. Observa-se uma grande dedicação do diretor em criar um cenário tão arrebatador e personagens excêntricos, que Burton esqueceu da história em si. É sim, um novo roteiro, Alice está mais velha e de volta ao País das Maravilhas, mas por fim, a nova história ficou muito sem graça e entediante; nem mesmo o Chapeleiro Maluco, interpretado por Johnny Deep, atingiu as expectativas; a protagonista é fraquinha no quesito 'expressão'; e a Rainha Branca (Anne Hathaway) é extremamente cansativa. Se o filme tem um destaque, esse é a Rainha de Copas, interpretada por Helena Bonham Carter, é única personagem brilhante do filme. Enfim, Alice No País das Maravilhas foi uma decepção; recomendo apenas para quem tem filhos, sobrinhos, ou qualquer outro alguém que esteja interessado em ver filmes infantis.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Recomendações: Clássicos Musicais


Músicas envolventes, coreografias geniais e cenários esplendorosos, tudo isso embalado por roteiros fascinantes. Os clássicos musicais conquistaram todas as faixas etárias até quando direcionados para o público infantil, como 'O Mágico de Oz' (1939) e 'Mary Poppins' (1964). É impossível não se impressionar com as coreografias e o brilhante sapateado de Gene Kelly em 'Cantando na Chuva' (1952), com a linda voz de Julie Andrews e as belas paisagens em 'A Noviça Rebelde' (1965), ou com a divertida interpretação de Audrey Hepburn em 'Minha Bela Dama' (1964). 'Oklahoma!', 'Amor, Sublime Amor', 'Sinfonia de Paris', 'Oliver!', 'O Rei e Eu', entre muitos outros! Se o cinema americano tem (ou teve) um forte em seu histórico, eu diria que seriam os seus grandes musicais. Ao vermos os musicais mais antigos (até os menos antigos como 'Grease - Nos Tempos da Brilhantina', de 1978 e o revolucionário hippie 'Hair'), observamos o grande abismo que existe entre eles o cinema americano atual ('High School Musical' é uma prova disso). É claro que há alguns musicais atuais que se salvam, como 'Moulin Rouge' (2001) e 'Chicago' (2002), mas ainda assim não estão no mesmo nível dos anteriores. Vale lembrar que esses filmes também influenciaram de forma decisiva as animações infantis da Disney que, passaram a introduzir canções ao longo do enredo, deixando assim, a projeção mais interessante. Eu poderia indicar muitos musicais, pois existem muitos que valem a pena de serem assistidos; mas ao lado estão meus quatro favoritos: 'Cantando na Chuva', 'A Noviça Rebelde', 'Minha Bela Dama' e 'Grease'. Assistam!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um Sonho Possível



Podemos chamar 'Um Sonho Póssivel' de típico draminha americano. Não é que a história seja comum ou clichê, mas a estrutura que segue é bem usual. Em resumo, é um bom filme, não um daqueles 'espetaculares!' de modo algum, mas é um filme muito gostoso de assistir. Chega a emocionar, pelo fato de ser baseado em uma história real. E mais importante, vale muito a pena ver a atuação da Vencedora do Oscar, Sandra Bullock; ainda digo mais: se não fosse o trabalho da atriz, o filme estaria em uma escala de, no máximo, regular. 'Um Sonho Possível' não agradou muito o público brasileiro, e acredito que umas das razões seria pelo grande destaque dado ao futebol americano (algo que não atrai o povo do Brasil). Outro motivo da 'não-tão-grande' bilheteria seria pelo péssimo e pouco atrativo trailer? Ou seria porque o drama 'água com açúcar' está em cartaz junto a filmes como 'Ilha do Medo' e o 'O Livro de Eli', que possuem, de certa forma, um enredo mais dinâmico? Acredito fortemente que pelas duas razões. Por fim, diante de tudo, fica a recomendação: assista 'Um Sonho Possível'! É um filme light, possui uma história bonita e interessante, e vale a pena ver!

sábado, 3 de abril de 2010

Recomendações: Quentin Tarantino


Diálogos afiadíssimos, cronologia não-linear, violência e sangue... muito sangue! O peculiar Quentin Tarantino então atingiu seu patamar no meio cinematográfico. Seus filmes não agradam a todos, mas também não agradam apenas a um grupo específico; é sim um cinema de alta cultura pop e sangue jorrando, mas também possui traços de linha mais cult. 'Pulp Fiction' é geralmente dita como sua obra-prima e é realmente digna desse título; ou melhor, 'Pulp Fiction' é um dos melhores filmes já feitos na história do cinema. Contudo, em seu mais recente filme 'Bastardos Inglórios', Tarantino atingiu um novo grau de genialidade, com esse novo filme, ao meu ver, o diretor ganhou mais uma obra-prima. Por isso, 'Pulp Fiction' e 'Bastardos Inglórios' são os filmes de Quentin Tarantino os quais mais recomendo; também indico 'Cães de Aluguel' e 'Kill Bill'. Divirtam-se com o trabalho notável desse grande e excelente diretor!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Chico Xavier


Ótimos atores interpretando uma trajetória marcante como a de Chico Xavier, não tinha como o filme não dar certo. Pode-se dizer que o filme é uma grande homenagem ao conhecido medium, realmente digna de um centenário. Um filme sem invenções e sem muitos melodramas; e para quem duvidar da veracidade de algumas passagens, eu sugiro que fique até o final veja o próprio Chico Xavier comprovando as histórias. Não há como não se emocionar, tanto com o enredo quanto com Angelo Antônio, Nélson Xavier, Tony Ramos, Christiane Torloni e até mesmo o menino Matheus Costa em suas performances incríveis. Certamente não é um filme espírita como muitos pensam que seja, é um filme para todos - católicos, evangélicos, ateus, enfim. É um filme muito bonito, e nele observamos que no meio dos tantos filmes sobre favela, polícia e tráfico e das comédias, vemos que o cinema nacional também vem se destacando e provando ser de grande qualidade quando biográfico - como 'Cauzuza, o tempo não pára', 'Zuzu Angel', e até mesmo 'Os Dois Filhos de Francisco', entre outros - (com exceção de Lula, o filho do Brasil, é claro!!). Recomendo a todos que assistam Chico Xavier, é imperdível!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Lembranças


"Gandhi disse que não importa o que você faça em sua vida, será insignificante. E que é muito importante que você faça!" É basicamente assim que 'Lembranças' começa, essa frase poderia dar ao filme uma lição de moral interessante, mas a mensagem se perde no meio de tudo, só sendo retomanda no final, quando ninguém mais lembrava dela. Em resumo, é um filme chato, especialmente nas cenas de Tyler (o lindo, Robert Pattison) com Ally (a bonitinha, porém cansativa, Emilie de Ravin). O que ainda salva são as cenas com Pierce Brosnan (pai de Tyler) e com a irmanzinha mais nova do protagonista. Pattinson, mesmo sendo fraquinho na atuação, ainda é interessante de ser ver - o ator podia encher o filme de tentativas frustradas de boa atuação, mas por fim, ele nem se quer tenta mostrar alguma expressão em seu rosto (apenas encara o chão) - depois de uma atuação relativamente boa em 'Poucas Cinzas', eu esperava mais de Robert. Poderia ser um daqueles filmes nos quais dizemos "O final salvou o filme!", pois o desfecho é bem bolado, mas o filme é tão entediante e você fica tão ansioso pra que acabe logo que nem o final surpreendente salva. Não recomendo.

domingo, 21 de março de 2010

Ilha do Medo


Tal como Tim Burton e Johnny Deep, Martin Scorsese e Leonardo Di Caprio estão se mostrando, cada vez mais, um par perfeito. Depois de 'Gangues de Nova York', 'O Aviador' e 'Os Infiltrados', eles agora estão juntos em 'Ilha do Medo'. Claro que depois de 'O Aviador' e do vencedor do Oscar 'Os Infiltrados' não há quem conteste a competência de Scorsese como diretor, ele é realmente brilhante e continua se superando a cada filme que faz. Não é a toa que 'Ilha do Medo' desbancou 'Avatar' e agora lidera as bilheterias brasileiras; o filme é envolvente e intrigante, deixa o espectador ficar, por muitas vezes, em dúvida sobre o que é real e o que é delírio, e prende o público do começo ao fim. A dúvida fica até sobre o gênero do filme, seria um policial? um filme de guerra? um drama? ou um suspense? Eu diria que há um pouco de tudo. O filme se passa nos anos 50 e Martin Scorsese explorou bastante o estilo; desde a intensa neblina até a trilha sonora. 'Ilha do Medo' não é apenas mais uma prova da genialidade de Scorsese, mas também mais uma prova do grande talento de Leonardo Di Caprio que, ao longo de suas interpretações, vem se mostrando cada vez mais um excelente ator. Fica a sugestão, assistam 'Ilha do Medo', é um grande e surpreendente filme!

terça-feira, 16 de março de 2010

Recomendações: Tim Burton


Com seu apego ao horror e sua habilidade para a comédia, Tim Burton garantiu seu espaço no mundo cinematográfico. Seus filmes contam sempre com um toquezinho peculiar do macabro e do obscuro (inclusive na trilha sonora), mas sem nunca perder o humor e a beleza. Engana-se quem pensa que suas animações, como 'O Estranho Mundo de Jack' e 'A Noiva Cadáver', são exclusivamente para crianças; tais filmes possuem uma grande carga de mensagens que ficam subentendidas. Por exemplo: em 'A Noiva Cadáver', se observarmos, o mundo dos vivos é escuro, sem-graça, entediante, enfim, os vivos parecem estar mortos; já o mundo dos mortos é colorido, alegre e animado. 'A Fantástica Fábrica de Chocolates' é realmente fantástico, 'A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça', 'Os Fantásmas Se Divertem' e o musical 'Sweeney Todd', também valem a pena serem assistidos. Isso sem falar dos 'Batman's. Porém, se me pedissem para recomendar apenas um filme do diretor, eu indicaria, sem sombra de dúvidas, 'Edward Mãos de Tesoura' (macabro e lindo, engraçado e triste). Além de contar com seu próprio talento, Burton está sempre em parceria com o brilhante ator Johnny Deep, e, por sinal, formam uma dupla perfeita. Atualmente, Tim Burton trabalhou em 'Alice No País Das Maravilhas' produzido pela Disney; o filme segue como líder de bilheteria nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá, com US$ 62 milhões arrecadados apenas neste final de semana. Vamos esperar para ver aqui no Brasil!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Oscar 2010


'Guerra ao Terror' levou a melhor na noite de 7 de março; venceu em 6 indicações, incluíndo Melhor Filme e Melhor Direção. Kathryn Bigelow foi a primeira mulher a ganhar o prêmio de Melhor Direção da Academia. Sinceramente, não acho que Guerra ao Terror merecia a estatueta de Melhor Filme, é inovador e muito bem dirigido é claro, possui um roteiro bastante original (o que lhe rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original) e uma mensagem bastante peculiar (que a guerra vicia), mas comparando com ganhadores de anos anteriores (até mesmo com 'Quem Quer Ser Um Milionário'), a produção independente fica um pouco abaixo do padrão; o que vemos é uma tendência recente da Academia de marcar uma certa independência em relação ao sobe e desce das bilheterias e de, finalmente, dar espaço para produções que abordam o conflito no Iraque, até então ignoradas pelo Oscar. Minha aposta para melhor filme, 'Preciosa', faturou dois prêmios: Atriz Coadijuvante (Mo'nique, como já era esperado) e Melhor Roteiro Adaptado, os dois muito bem merecidos. Christoph Waltz recebeu o prêmio de Melhor Ator Coadijuvante por 'Bastardos Inglórios' que foi 'mais-que-bem' merecido. A atriz Sandra Bullock recebeu o Oscar de Melhor Atriz em sua primeira indicação do prêmio com o filme 'Um Sonho Possível'; e Jeff Bridges, favorito na categoria, levou a estatueta de Melhor Ator com 'Coração Louco'. 'Avatar' só faturou prêmios técnicos: Melhor Efeitos Visuais (é óbvio!), Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia; nesse aspecto, a Academia não me desapontou, deixando claro que o filme recordista de bilheteria só tem mesmo é técnica.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sherlock Holmes


Para quem espera um filme puramente policial, aviso logo que Sherlock Holmes não faz o estilo! Antes de tudo, porque o próprio Holmes aparece com toques de insanidade e meio mulherengo no filme. Um dos maiores destaques da projeção são, sem sombra de dúvida, as cenas de ação, principalmente as em câmera lenta, muito bem elaboradas. O filme tem de tudo um pouco: investigação policial, suspense, comédia, romance, drama, ação, enfim. Robert Downey Jr. e Jude Law estão em perfeita sincronia, e Rachel McAdams (desfrutando de um figurino divino) completa o trio com excelência. É um filme bastante divertido, recomendo a todos!

Recomendações: Almodóvar



Para quem gosta de uma linha intermediária entre o Cult e o Comercial, eu sugiro que assista algum filme de Almodóvar. Em seus filmes, o diretor aborda sempre temáticas polêmicas e tabus de forma muito original (e colorida). Ao meu ver, Almodóvar trabalha com os instintos humanos nus e crus; não encontramos heróis nem mocinhos moldados perfeitamente em seus filmes, encontramos pessoas vivendo uma vida 'médio-critério' com toques de excentricidade. O que tornam suas obras originais são exatamente as experiências pessoais dele inseridas nelas, como, por exemplo, o tema da homossexualidade. Ao lado, estão meus filmes preferidos do diretor, 'A Má Educação', 'Fale com Ela', 'Volver' e 'Tudo Sobre minha Mãe'. Também recomendo 'Maus Hábitos' e 'Carne Trêmula'. Porém, na minha opinião, Pedro Almodóvar atingiu o máximo de brilhantismo quando fez 'A Má Educação', então é o que eu mais sugiro que assistam!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um Olhar do Paraíso


Peter Jackson exagerou nos efeitos e fez com que o diferencial do filme tirasse sua própria credibilidade. Um Olhar do Paraíso conta a história de Susie Salmon, estuprada e assassinada, mas que não consegue fazer a 'passagem' da vida para a morte e fica vagando no meio termo. É um filme com evidentes influências espíritas, mas que peca por exagerar e fantasiar demais ao tentar definir a vida após a morte. As cenas envolvendo os pais da garota logo após sua morte, são, definitivamente, as cenas mais comoventes (ou talvez as únicas comoventes). A verdade é que o filme começa razoável, vai ficando chato e cansativo - principalmente quando a 'quase morta' começa a fazer a descrição do mundo perfeito no qual ela se encontra, com uma vozinha suspirante - até que o filme fica ridículo e apelativo. O elenco é bom, mas não há nada de extraordinário nas interpretações, tudo na faixa do normal. Não recomendo assistir! O trailer é melhor do que o próprio filme.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Invictus



E quem pensou que Clint Eastwood não podia se superar depois de 'Sobre Meninos e Lobos' e 'Menina de Ouro', se enganou. Seu novo filme, Invictus, é mais uma prova de sua genialidade. Clint conseguiu fazer com que a projeção passasse emoção, sem ser apelativa e dispensou os dicursos melodramáticos, criando diálogos objetivos e tocantes ao mesmo tempo. A cena inicial é brilhante: A comitiva de Mandela, que acabou de ser libertado, passa por uma rua aonde de uma lado estão os negros (jogando futebol e exaltando a liberdade de seu ídolo), e do outro, os brancos (jogadores de rugby afirmando que isso significaria o declínio do país). A cena final, o jogo de rugby, é, definitivamente, a cena mais emocionante e envolvente do filme, fazendo o público que assiste virar quase uma torcida organizada dos Springboks ao som da música 'Shosholoza'. Morgan Freeman está, digamos que perfeito, no papel de Nelson Mandela; e Matt Damon não fica por baixo interpretando o capitão do time, François. As indicações ao Oscar de Melhor Ator e Melhor Ator Coadijuvante foram mais do que bem merecidas, porém, senti falta de uma idicação a Melhor Filme. Vale a pena assistir (mais de uma vez) Invictus!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Guerra ao Terror



Parece que a ex-mulher de James Cameron (diretor de Avatar), Kathryn Bigelow, vai fazer ele suar para garantir algumas das categorias do Oscar; pois Guerra ao Terror também obteve 9 indicações, incluíndo Melhor Filme. Bom, Guerra ao Terror é incrível durante a primeira metade, é tenso e deixa sempre um clima de expectativa no ar; na segunda parte, a trama desanda e o filme parece que para. É, sim, um concorrente de peso para Melhor Roteiro Original, mas Melhor Filme? Estranho, porque em Guerra ao Terror, você passa boa parte sem saber o que o filme quer mostrar e qual o objetivo dele. É um bom filme, porém, não possui nada de extraordinário. Contudo, vale a pena assistir.